domingo, 24 de fevereiro de 2008

Traição?...

Traição?...
Não, não posso falar de traição, daquela que se consuma com o selar de um beijo ou com a junção de dois corpos.
Os meus lábios e o meu corpo pertencem a um só homem, aquele que eu sempre amei. Sim, porque eu sempre te amei!
O que houve então?
Houve a procura de palavras amigas, de alguém que falasse a mesma linguagem que eu, que me compreendesse e que nada me pedisse em troca, a não ser, também, a minha compreensão e amizade, nos momentos bons e maus.
Falei-te muito dessa amizade, sim... Se calhar para te provocar... Mas tu não compreendeste...
Perdoa-me se te suscitei muitas dúvidas, mas foi só para te acordar desse sono profundo em que te encontravas, para que soubesses que existo e que havia alguém que me escutava, que ouvia os meus problemas, que me deixava desabafar. Há muito que havias deixado de me ouvir. Sentia-te ausente.
Perdoa-me, pois hoje sei que mexi nas areias movediças que se atravessaram nos nossos caminhos e que, por mais segura que seja, poder-nos-íamos ter magoado ainda mais, apesar de nos amarmos.
Sim, porque eu sempre te amei.
Eu sempre te amei...
Tantas palavras cheias de mágoa, seguidas de silêncio que quase me enlouqueceram, que me confundiram os sentimentos...
Hoje eu sei que sempre existiu amor, porque eu sempre te amei.
Eu sempre te amei...

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