sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Heroes & Saints - Nicolaj Grandjean



Anseio os teus beijos ternos que me levam ao infinito do meu amor por ti e me permitem uma plena entrega até cair de prazer nos teus braços...
Anseio sentir as tuas mãos, os teus dedos percorrendo o meu corpo que estremece a cada toque suave, como se uma melodia se entoasse...
Ouço o hino do nosso amor na frescura dos lençóis que aquecem à medida que os nossos corpos se agitam...
Sinto por vezes um aperto no peito quando ouço a tua voz e imagino como seria se não a ouvisse mais... Brotam lágrimas dos meus olhos e choro em silêncio... Por mais que sufoque o meu choro, tu ouves o meu grito de desespero.
Como poderia eu viver sem ti?
Como poderia eu sorrir sem ver espelhado o teu sorriso?
Como poderia eu amar sem ouvir a tua voz que me acalma assim que a escuto?
Não consigo parar de chorar só de pensar na possibilidade de alguém me querer nos seus braços e eu não te poder ter mais!
Teimam as lágrimas em escorrer pelo meu rosto e a molhar a almofada que ainda possui o teu odor. Mutila-me o pensamento de ter um grão de areia, sabendo que poderia ter o deserto para caminhar...
Tento acalmar o meu pranto e dormir o sono descansado que te prometi. Enrosco-me nos lençóis que já nos acolheram e fecho os olhos de mansinho para que o sono nos cubra de paz e o dia de amanhã traga o raiar de uma nova esperança.
As tuas palavras conseguem serenar o meu coração atormentado pelas emoções que absorvem as minhas forças. Não as forças do meu amor por ti. Esse cresce a cada dia que passa. Cresce nem que seja pela ternura de um olhar que expressa todo o sentimento que vai dentro das nossas almas.
Mas faltam-me as forças...
Custa-me gritar por socorro e ouvir apenas o eco da minha voz...
Custa-me mentir ou ocultar a verdade àqueles que mais amo...
Custa-me não ter os braços do meu amado a dar-me carinho quando chego a casa, depois de um dia de trabalho, ou apenas que me abracem para me dar conforto.
Dói-me cada vez mais a hora da despedida, ainda que seja por pouco tempo...
Dói-me ainda mais pensar se não mais houver despedida...
Tento abandonar estes pesares e deixo a frescura dos lençóis tocarem-me com a subtileza do teu odor delicado que ficou gravado no leito que acolhe os nossos corpos, nos momentos em que nos entregamos ao nosso amor desenfreado e belo. Permito-me entregar a este estado de deleite enquanto o sono me toma levemente nos seus braços, anunciando uma noite tranquila, depois do dia me ter trazido algumas memórias menos prazenteiras...
Escuto a tua voz que entoa suaves melodias no meu ouvido...
Sinto o calor da tua respiração percorrendo a minha pele, que se arrepia a cada passagem pelos recantos do meu corpo que sempre te anseia.
E assim me deixo embalar nos meus sonhos de menina-mulher, que aguarda pela madrugada que se aproxima, abraçando a tua lembrança e escutando o eco do meu pensamento que apregoa: AMO-TE!

sábado, 27 de março de 2010

Quanto mede o meu amor...

Amo-te demais para deixar este amor partir…
Amo-te demais para ser apenas tua amiga…
Amo-te demais para ser a tua amante…
Amo-te com uma força capaz de me fazer feliz por ser tua, mas de me fazer chorar por não seres meu…
Amo-te demais para me esquecer do mundo quando nos entregamos aos momentos que descontrolam os nossos corpos e consomem as nossas almas.
Prostro-me aos teus pés, ainda que não estejas junto de mim… escondo-me no recanto dos meus pensamentos, tentando por vezes em vão fugir à imagem que me assombra nas noites frias, quando te vejo esmorecer nos braços, a beijar a boca ávida, a aquecer o corpo que não é o meu…
Escorrem-me as lágrimas que não vejo… caem-me dentro do peito e magoam.
Conto os minutos para escutar a tua voz que me torna a acalmar e faz dissipar em mim essa imagem que me atormenta. Agora não é mais que um fumo que vai esvanecendo com o sopro leve de uma brisa de uma manhã morna de Verão, ao beijar as planícies húmidas de pérolas que a noite fresca deixou ficar.
Renuncio aos homens que me cercam numa avidez de abutres que aguardam ansiosamente a carcaça enjeitada.
Amor? Paixão? Desejo apenas?
Sei lá…
É apenas a ti que eu amo…
E não sei quanto mede o meu amor…