sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Perda

A dor e o sofrimento que transbordaram do teu olhar, fez-me chorar em silêncio na imensidão daquele lugar soturno.
Fitava-te ao longe sentindo o meu coração dilacerado ao ver-te a contemplar o vazio.
Tive o desejo de te abraçar, de estar junto de ti, para te poder confortar neste momento tão doloroso. Mas esse lugar já estava ocupado...
A tua dor é a minha dor também.
Não. Não sei descrever a dor de perder um pai... sei qual é a dor de perder um filho. Sei qual é a dor de perder um ente querido. Sei o que é deixar partir alguém que tem o nosso sangue a correr nas suas veias; alguém que connosco partilhou momentos de alegria e de tristeza. Alguém a quem não conseguimos dizer o último ADEUS.
De repente, parece que todo o nosso mundo desabou.
Sentimos que não conseguimos mostrar e dizer o quanto amamos alguém e sentimo-nos minúsculos.
A amargura apodera-se de nós. Resignadamente sentimos a angústia na nossa alma e lamentamos as nossas mágoas.
Todavia, a nossa vida continua e temos de os deixar partir em paz...
... Para que possam velar por nós e continuem a acompanhar-nos nos momentos de tristeza e de alegria, para que nos encham a alma de luz e de serenidade, para que nos façam acreditar de novo no amor.
Nesta hora de conternação, quero que sintas o meu afecto por ti.
Ainda que o tempo e o espaço nem sempre permitam exprimir os nossos sentimentos, quero que saibas que, mesmo distante, estarei sempre contigo e o teu sorriso estará para sempre na minha lembrança.

1 comentário:

Anónimo disse...

Fantastico ........Obdo